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quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Flor da Honestidade

    Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava ás vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei ele deveria se casar.
    Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anucionou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
    Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que a sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa, e relatar o fato á jovem, espantantou-se ao saber que ela pretendia ir á celebração, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu:

- Não querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderia ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.

Á noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais bela jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu ás profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de " cultivar " algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...
    O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência  e ternura a sua semente, pois sabias que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão do seu amor, ela nao precisava se preocupar com o resultado.
    Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.
   Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circustâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
   Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. 
   Finalmente chega o momento esperado pelo príncipe, ele observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atençao. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

Que isto nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam, possamos ser a luz para aqueles que nos cercam.
 
Efésios 5:9: Pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade

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